COmunicação tem limites
Comunicação tem remédio: a comunicação nas relaçõesinterpessoais em saúde
. 6. ed. São Paulo: Gente, 1996.
Somos por excelência seres de comunicação. No encontro comunicativo com osoutros, nós descobrimos quem somos, nos compreendemos, crescemos em humanidade,mudamos para melhor e nos tornamos fator de transformação da realidade em que vivemos.Isso significa, simplesmente, viver em estado de graça, com paixão pelas pessoas e pela vida.A comunicação não se constitui apenas na palavra verbalizada. Temos de aprender aser artistas, no sentido de captar as mensagens, interpretá-las adequadamente e potencializá-las criativamente. É o tesouro da linguagem verbal e não verbal que precisa ser descoberto elapidado. É impossível não se comunicar: Ativamente ou inativamente, palavras ou silêncio,tudo possui um valor de mensagem.A comunicação interpessoal ocorre no contexto da interação face a face. Entre osaspectos envolvidos nesse processo, estão as tentativas de compreender o outro comunicador e de se fazer compreendido. Nesse processo, inclui-se ainda a percepção da pessoa, a possibilidade de conflitos (que pode ser intensificado ou reduzido pela comunicação) e de persuasão (indução a mudança de valores e comportamento).A percepção pessoal funciona como uma espécie de filtragem que condiciona amensagem segundo a própria lente. Ouvimos e vemos conforme a nossa percepção. Assim,um indivíduo não pode não comunicar. Podemos dizer, então, que comunicar é o processo detransmitir e receber mensagens por meio de signos, sejam ele símbolos ou sinais.Signos são estímulos que transmitem uma mensagem; qualquer coisa que façareferência a outra coisa ou idéia. São convencionais e arbitrários. Símbolos são signos quetêm uma única decodificação possível. Sinais são signos que têm mais de um significado.As finalidades básicas da comunicação são entender o mundo, relacionar-se com osoutros e transformar a si mesmo e a realidade. A comunicação é, antes de mais