Economia

MARLEI BERWANGER

A DEMOCRACIA EM JÜRGEN HABERMAS

Itapiranga, SC
2013
Resumo

O estudo promovido neste trabalho sobre a democracia radical de Habermas busca averiguar de que modo o seu pressuposto teórico consegue fundamentar o modelo de democracia radical, e, também, demonstrar que as características procedimentais desta política permitem enfrentar os problemas construídos pela passagem dos estados nacionais para os estados pós-nacionais.

Palavras chave: democracia; liberdade; comunicação;

1. INTRODUÇÃO

Para responder adequadamente a proposta do trabalho, parto de algumas considerações sobre o pensamento do autor, a saber: a natureza intersubjetiva do homem e o pressuposto otimista de Habermas diante da política.
Sobre a natureza intersubjetiva o autor argumenta que desde os gregos a filosofia explorará a relação entre os sujeitos, sendo ela, a questão fundamental para a formação do caráter e da identidade humana. Fato este que pode ser observado em Aristóteles e posteriormente em Tomás de Aquino.
O ponto de partida da filosofia da linguagem é o sentido intersubjetivo existente no âmbito da própria linguagem. Na teoria habermasiana, a linguagem assume uma característica de racionalidade por se constituir a única forma possível que os indivíduos possuem para entenderem-se entre si.
No entender do autor, o pressuposto da razão comunicativa advém da linguagem natural, desse modo é possível explorar os questionamentos antigos existentes no âmbito da filosofia. Além disso, a racionalidade inerente à linguagem consegue estruturar e reabilitar as noções de direito, moral e democracia.
Sobre o pressuposto otimista no tocante da política, o autor recorre aos conteúdos inerentes ao teor universalista de um Estado de direito. Para tanto, as revoluções Francesa e Americana constituem as duas fontes donde é possível partir para se avaliar o processo histórico da política é o seu sentido democrático.