comunicação social
Na década de 40, nos Estados Unidos da América, é desenvolvido o estudo sobre a personalidade autoritária, que é um prosseguimento dos estudos sobre autoritarismo e família do Instituto de Pesquisa Social, fundado na Alemanha, tendo na sua condução, entre outros, Theo- dor W. Adorno, um imigrante desse instituto. Esse estudo mostrou haver relações significantes entre configurações psíquicas e adesão a diversos tipos de ideologia: indivíduos não autoritários tenderam a defender a ideologia liberal, tal como definida na época, e indivíduos autoritários, a ideologia conservadora. O estudo de Adorno et al. (1950) gerou nas décadas seguintes muitos outros trabalhos, mas que, segundo Carone (S/D) e Vagostello (1997), não se atinham, em boa parte, à sua hipótese central, derivada não só da psicanálise, mas também da teoria da sociedade, e, sim, ao em- prego das escalas e às críticas à análise dos resultados encontrados por esses autores. Essa afirmação encontra a sua base na leitura de Lasch (1983), e, de certa for- ma, já fora sublinhada por Horkheimer e Adorno (1985), no prefácio à segunda edição de seu livro Dialética do Esclarecimento, em 1969. Assim, pressupomos que a ideologia substituta das ideo- logias liberal e conservadora e a configuração psíquica substituta da personalidade autoritária deveriam estar, em germe,