Comunicação nas empresas
Investimentos na comunicação com os funcionários é um processo difícil dentro das grandes corporações
Em nenhum outro momento a frase “botar a boca no trombone” esteve tão viva e atual no mundo corporativo como nos dias atuais. Centenas de empresas espalhadas por todo o país estão investindo em maneiras de fazer com que seus funcionários sejam ouvidos pelo alto escalão. O mundo da comunicação corporativa vem, pouco a pouco, se especializando e se firmando como fator estratégico. As empresas descobriram que a chamada “rádio-peão” provocava fortes distorções nas informações e que as pessoas tendiam a agir com um forte comportamento tendencioso. Durante muito tempo a “fofoca news” deu a impressão de que os funcionários sabiam mais que a própria diretoria. E na verdade, em muitos casos, sabiam mesmo. Preocupados com os resultados, na maioria das vezes, catastróficos, os empresários estão investindo pesado em mecanismos que acabem com a boataria.
Uma pesquisa recente feita pela ABERJE (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) demonstra que os investimentos nesta área ultrapassam os R$ 1,2 bilhão. É chegada a hora de enterrar de vez o velho “telefone sem fio” acabando definitivamente com os rumores e com a rede de intrigas que esta prática provoca. Afinal, como é possível o corpo de profissionais saber mais que a empresa? Ter ou não uma informação preciosa pode ser fator determinante para o fechamento de um grande negócio, para evitar perdas, para fortalecer uma posição competitiva, enfim, tudo o que é dito pelos corredores deve ser dito abertamente. Esta realidade traz à tona um fato: as pessoas que compõem uma empresa precisam estar preparadas para falar e para ouvir. O mundo empresarial precisa entender de uma vez por todas que as pessoas devem ter a liberdade de se expressar, mesmo quando o resultado de suas manifestações forem verdadeiras asneiras, pois, quando ouvidas as asneiras, o incêndio pode ser