Comunicação em massa
A mídia vem se configurando como uma poderosa ferramenta formuladora e criadora de opiniões, saberes, normas, valores e subjetividades. Utilizando-se de manobras estratégicas, a mídia, na maioria das vezes, não dialoga, mas sim uni direciona sua mensagem para o interlocutor, fazendo com que um grande contingente de pessoas aviste o mundo por suas lentes, seus vieses. Este estudo não volta-se para uma “criminalização” dos meios midiáticos, mas tem o propósito de analisar e refletir sobre o poder da mídia no âmbito da subjetividade e como esta atua na construção de formas de ser e agir dos humanos, bem como a sua influência nas interações relacionais entre humanos.
O que é a Comunicação de Massa
Não da para falar de comunicação de massa sem falar também em cultura de massa, sociedade de massa e indústria cultural. Podemos dizer que a comunicação de massa é uma característica fundamental da sociedade de massa. Ela surgiu no séc. XIX, com o jornal diário, mas se consolidou no séc. XX com o rádio, o cinema e o meio de comunicação de massa por excelência, a TV.
A comunicação de massa é a comunicação feita de forma industrial, ou seja, em série para atingir um grande número de indivíduos, a sociedade de massa. Numa visão apocalíptica, ela é uma conversão da cultura em mercadoria, utilizada pelas classes dominantes de forma vertical para homogeneizar as massas. Para definir esta conversão, os frankfurtianos Adorno e Horkheimer criaram o termo Indústria cultural , citado pela primeira vez em Dialética do Iluminismo.
Hitler e Mussolini conheciam bem e comprovaram o poder homogeinizador da comunicação de massa, utilizando o rádio e o cinema para difundir suas ideologias políticas e mobilizar as massas. Mas existe uma diferença, embora pequena, entre a indústria cultural produzida pelo Estado e a difundida pelas empresas, indústria e comércio, como acontece