Comunicaçao e expressao
Ivar César Oliveira de Vasconcelos2 BRASLAVSKY, Cecília (org.). Aprender a viver juntos: educação para a integração na diversidade. Brasília: UNESCO, IBE, SESI, UnB, 2002. Disponível em: . Acesso em: 13 abr. 2010. Um velho problema, mas de cara nova, com índices que têm assumido proporções alarmantes: a violência nas escolas. Freqüentemente, toma-se conhecimento de atos violentos protagonizados por jovens e adultos que freqüentam esse ambiente que, em princípio, existe para articular competências cognitivas com competências afetivas e sociais. Nós, professores, como mediadores do conhecimento, temos o papel de possibilitar formação para a cidadania, capacitando indivíduos e povos para o respeito à diversidade e, continuamente, para um aprender a conviver. A discussão precisa ser aprofundada, situando-se em nível estratégico, pois não servem paliativos, mas respostas definitivas. Nesta perspectiva, cabe perguntar: de que maneira a educação, afetada ela mesma, pode contribuir para reverter este quadro? Que forças intrínsecas da educação podem ser acionadas para resolver isto que lhe diz respeito e afeta sociedade, escola e nós, professores? Sem pretensões filosóficas, fazemos uma analogia com as palavras de Platão (428/427-348-347 a.C.)1 o qual, ao fundar a metafísica, comparou o esforço de “reinventar a filosofia” a partir dos conhecimentos já adquiridos com uma “segunda navegação”: cessado o vento, sem velas, se recorre aos remos2. No apagar das luzes do século passado, a Comissão Internacional para a Educação no Século XXI redigiu o relatório “Educação: um tesouro a descobrir”, o qual define o papel da educação neste século e seus quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Entendendo que a maior compreensão do conceito “aprender a viver juntos” deve se juntar ao esforço de toda a sociedade e, em especial, de todos nós, educadores, no sentido de