comunicacao social
É preciso compreender que as mídias e tecnologias de informação criadas e desenvolvidas no século passado ainda não estão superadas, aceitável para os defensores de um evolucionismo tecnológico determinista, mas a emergência de novas formas de se comunicar não superam ou substituem totalmente as anteriores. Os meios, velhos e novos, coexistem, relacionando-se na construção de ecossistemas comunicativos cada vez mais complexos e isto por seis razões, em primeiro Cada meio ou tecnologia não supõe a suplantação do anterior porque sua transformação envolve outros fatores, além dos estritamente técnicos ou instrumentais, já em segundo é de que a tecnologia demanda um tempo de aprendizagem e apropriação por parte dos usuários, em terceiro as tecnologias demandam uma atenção diversificada para gratificar seus usuários e ainda que o uso de determinado meio aumente não significa que o outro caia em desuso, quarto cada tecnologia própria atende melhor à satisfação de uma ou mais necessidades que as anteriores, mas não de todas, em quinto a nova tecnologia provoca outras mudanças subseqüentes, que também requerem reajustes e reacomodações variados por parte dos usuários, e em ultimo, e na sexta razão não há poder aquisitivo para acompanhar o desenvolvimento tecnológico que é oferecido no mercado. Tudo isso implica numa “síndrome de recomposição”, com a incorporação de novas tecnologias, sem abandonar o ponto de partida e sem resultados imediatos, eles demoram a se manifestar porque não está envolvido somente o processo instrumental, mas sobretudo sociocultural. A rapidez com que a tecnologia vem se renovando a cada dia, não acompanha a sua assimilação cultural, nem perceptiva, nem tampouco política, mas, sim, mercadológica. Para se iniciar uma mudança social e cultural requer um tempo. Mas a divergência entre o desenvolvimento tecnológico e a vida cotidiana constitui-se como ‘fora do tempo’,