COMUNICA O
Considerar o berçário um lugar de silêncio. É preciso conversar com os bebês. Eles são interlocutores ativos.
Usar diminutivos e infantilizar as expressões. As crianças compreendem se você falar normalmente com elas.
Prestar atenção apenas na fala dos pequenos. Gestos e atitudes também indicam o que a turma quer dizer a você.
Restringir-se a palavras próprias da primeira infância. Diversifique o vocabulário para desenvolver a oralidade.
Agir antes de a criança falar. Ela deve se esforçar para a comunicação acontecer.
Atitudes corretas ajudam a tirar a criança da zona de conforto :
Diferentemente do que grande parte dos adultos gosta de fazer, não é recomendável recorrer a diminutivos e termos infantilizados durante o contato com os pequenos. "Esse tipo de atitude se baseia no princípio de que eles não entendem nada do que está sendo falado e gera uma conversa artificial", comenta Ana Paula. "Não se deve minimizar a capacidade deles de participar desse mundo novo que se apresenta."
Dois aspectos que podem colaborar para a comunicação são a sensibilidade e a predileção por determinados tipos de som. Segundo Taciana Ramos, professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de Sergipe (UFS), é comum as crianças se mostrarem receptivas à voz feminina ou à que tem o tom mais agudo. "Elas começam a responder não pelo conteúdo semântico, e sim pela entonação e pelo comportamento do interlocutor", afirma. Mas não se deve cair na armadilha de tentar agradar a turma (leia o quadro na página anterior). "Pode-se recorrer a uma fala melodiosa, pois os bebês são mais sensíveis a determinados sons, mas o diminutivo não precisa ser usado só porque eles são pequenos".
Há também muitas situações em que o adulto empresta a sua voz para os que estão começando a falar. Sempre que isso ocorrer, deve-se respeitar a sequência de um diálogo. Em vez de perguntar "quantos anos você tem?" e logo em seguida emendar a resposta, é adequado fazer um