Comunica O Em Sa De Cita Es
CITAÇÃO INDIRETA:
Segundo Quaresma, F. (2013) não é de hoje que nós, expectadores, leitores, público da mídia de massa brasileira, nos deparamos com reportagens e notícias cujos enfoques apresentam o Sistema Único de Saúde (o SUS) como o vilão da Saúde Pública no Brasil. É comum, inclusive, observarmos, em consonância com o discurso da mídia geral, a população brasileira redimensionar o enfoque negativo apresentado, talvez também por ter vivido uma experiência ruim no SUS ou mesmo porque está sempre em contato com essa agenda jornalística de busca por uma visão negativa do serviço de saúde pública (QUARESMA, 2013).
A imagem negativa do SUS na mídia é tão forte, que poderíamos partir do pressuposto de que poucos lembrariam o dia em que a saúde pública brasileira foi apresentada de forma positiva. A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) preocupada com essa demanda, por meio do GT de Comunicação e Saúde, vem a público dar suas considerações sobre a reportagem “Médicos são suspeitos de esquema que cobrou tratamento de mortos”, veiculada pela Globo, no Fantástico do dia 5 de maio deste ano. É possível que muitos se lembrem, até porque como afirma Wilma Madeira (USP), coordenadora do GT, realizando uma rápida busca na Internet com o título “Médicos são suspeitos de esquema que cobrou tratamento de mortos”, é possível constatar que após veicular a notícia, em poucas horas ela foi copiada, linkada, replicada, reduzida e reproduzida mais de 330 vezes.
Segundo Wilma, dos sites que ajudaram a divulgar a matéria veiculada, nenhum deles propôs debate, mais investigação ou aprofundamento sobre o tema. “Na página do Fantástico, das cinco principais matérias publicadas, todas tratam de problemas, tragédias e corrupção, três delas são sobre saúde. Essa é a dinâmica de boa parte da comunicação no Brasil e reflete seu contexto no campo da Saúde Coletiva no país: existem notícias quentes, que ‘vendem mais’ e