Comtemporaneidade
Sendo empregada para sinalizar que a pesquisa ou escrito refere-se a uma situação ou processo que está acontecendo no nosso tempo e que este possui uma especificidade importante: é marcado por transformações em variadas esferas, o que lhe dá contornos complexos.
Analisar a contemporaneidade é difícil não só em função da sua complexidade e mutabilidade, mas porque é complicado nos distanciarmos de nosso próprio tempo.
Em função disso, algumas vezes, o contraponto com o passado é buscado para, apontando diferenças, compreender-se as nossas formas de ser e estar no mundo.
Focalizar a Modernidade e mostrar os deslocamentos e rompimentos que se rocessaram e/ou estão em curso é um recurso para empreender tal análise.
Em vez de almejar um conceito suficiente sobre o ‘isso’(comtemporaneidade), devem-se buscar as formas como o ‘isso’ se manifesta, produz efeitos, relaciona-se com outras coisas conhecidas.
Neste sentido, não é possível encerrar a compreensão da contemporaneidade em um conceito, sendo mais pertinente descrevê-la como um conjunto de condições que produzem e são produzidas por uma ampla gama de processos - sociais, culturais, econômicos, tecnológicos, etc.
Então, como caracterizar, descrever, compreender a contemporaneidade? Analistas de diversas áreas, perspectivas teóricas e posições políticas têm-se debruçado sobre esta questão. Até um novo conceito, o de pós-modernidade, foi introduzido por Lyotard em 1979 para marcar nossa condição radicalmente diferente do que acontecia até meados do século XX.
A Revolução Francesa, neste sentido, representou a criação de algo inteiramente novo, sendo uma das expressões – e veículos – da nova consciência: o período moderno objetivava a obtenção de liberdade, sob a orientação da razão. Por outro lado, a Revolução Industrial forneceu à Modernidade a substância material. Kumar (1999) estranha que as análises da Modernidade, em geral, focalizam somente as idéias – tomadas com ideologia, estilo