O trabalho profissional na comtemporaneidade
Sob o impacto da modernização econômica e da integração nacional, o Brasil passou de um país agroexportador e rural a um país urbano e industrial. Um processo vertiginoso de urbanização revolucionou de alto a baixo a sociedade brasileira em apenas meio século. Mas esse é um processo regionalmente desigual – e essas desigualdades revelam muito sobre o espaço geográfico brasileiro. As cidades não são pólos isolados aleatoriamente distribuídos no território. No seu conjunto, elas formam uma rede urbana nacional, controlada pelas metrópoles e interligada pelas infraestruturas de transportes e comunicações. No Brasil, as metrópoles globais de São Paulo e Rio de Janeiro concentram poder econômico. O poder político, contudo, está na cidade-capital, erguida para acelerar a conquista do interior e também para funcionar como uma fortaleza isolada da pressão das multidões.
O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO
A urbanização é um dos traços fundamentais da modernidade. Há urbanização quando o crescimento da população urbana supera o da população rural – um fenômeno que se verifica há mais de dois séculos na Europa e que adquiriu contornos mundiais no século XX. O processo de Urbanização decorre da intensificação da divisão social do trabalho. Nas sociedades essencialmente rurais, a economia se baseia na agricultura familiar ou coletiva voltada para o autoconsumo, e a circulação de mercadorias é um elemento periférico, de importância menor. O desenvolvimento do comércio e da indústria – ou seja, do intercâmbio de bens e serviços – rompe o isolamento das populações rurais e configura mercados consumidores cada vez mais amplos. A multiplicação de cidades e o crescimento dos centros urbanos são frutos dessa transformação geral da economia e da sociedade.
AS EVOLUÇÕES REGIONAIS
A transferência da população do campo para cidade é uma tendência geral e