Compositos que se regeneram
“Compósitos regeneram-se como rabos de lagartixa”
Março de 2014
Compósitos regeneram-se como rabos de lagartixa
Com informações da Universidade de Pittsburgh - 09/12/2013
O polímero cortado ao meio (esquerda) efetivamente regenera-se, formando uma parte nova espontaneamente. [Imagem: Anna Balazs Group]
Autorregeneração
Quando uma cadeira quebra uma perna ou seu telefone celular se parte no chão, eles precisam ser consertados ou substituídos.
Mas e se esses materiais pudessem ser programados para se regenerar, recompondo suas partes quebradas ou "cicatrizando-se" por si mesmos?
Essas possibilidades começaram a se tornar viáveis graças ao trabalho da equipe da Dra. Anna Balazs, da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.
Balazs já havia feito um gel pulsante que ouve, fala e anda e colocado seus géis para se movimentar impulsionados pela luz.
Agora sua equipe desenvolveu um novo gel polimérico que permite que materiais complexos se regenerem.
"Embora outros [pesquisadores] já tenham desenvolvido materiais que podem consertar pequenos defeitos, não há nenhuma pesquisa publicada com relação a sistemas que possam regenerar partes cortadas de um material," disse ela.
"Isso tem um tremendo impacto sobre a sustentabilidade porque você poderia potencialmente estender a vida útil de um item dando-lhe a capacidade de se regenerar quando danificado. Este é um dos cálices sagrados da ciência dos materiais," completou Balazs.
Cascateamento dinâmico
A inspiração para a criação dos géis autorregenerativos veio dos processos biológicos que ocorrem em algumas espécies de animais, que regeneram membros decepados.
O material é um híbrido composto de nanobastões incorporados em um polímero, o qual é circundado por uma solução contendo monômeros e agentes de reticulação - moléculas que ligam uma cadeia de polímero a outra -, a fim de replicar o fenômeno biológico, que os cientistas chamam de