Comportamento retraido
Ross (1974) afirma que pode parecer supreendente que o comportamento retraido seja discutido sobre a rubrica do comportamento excessivo, porem, à primeira vista, uma criança retraída parece exibir comportamento deficiente. Se o comportamento retraído fosse resultado de falta de respostas (se tal criança não estivesse literalmente fazendo coisa alguma, seria apropriado considerar o comportamento retraído como deficitário). Mas, comportamento retraído é comportamento, a criança esta respondendo ativamente a seu ambiente. Não esta fazendo coisa alguma, ou seja, esta fazendo nada, suas respostas adquirem a forma de comportamento de evitação e fuga; ela esta se retraindo ativamente de contatos com seu ambiente e, visto que estas respostas de retraimento ocorrem em excesso, o problema deve ser visto como comportamento excessivo.
Conforme Ross (1974) a palavra retraimento sugere que a criança afastou-se de interação social que em certa época era parte de seu repertorio de comportamento. As crianças que jamais adquiriram respostas apropriadas a interação social, como as que tem autismo infantil precoce, manifestam um déficit de comportamento e, por isso, não cabem ser consideradas retraídas. Já o comportamento social apropriado para a idade se desenvolve gradualmente no decurso das interações ativas, a criança que delas se afastou, a medida que cresce, empenha-se em comportamento primitivo e imaturo relativamente a sua idade cronológica. Não possuir as habilidades sociais apropriadas para a idade representa um déficit que é secundário ao retraimento primário excessivo; por isso, há necessidade de ensinar-lhe estas habilidades á medida que o comportamento retraído diminui no decorrer do tratamento.
As respostas de evitação e fuga são observadas nas crianças cujo comportamento é marcado por retraimento, presumivelmente aprendido sob condições em que tais respostas reduzem ou eliminam estimulação aversiva. Um estimulo aversivo, como o que se