Complicações de fratura
CONCEITO
São alterações ocorridas em lesões traumáticas do complexo fraturário que retardam ou interrompem a evolução natural de cicatrização dos tecidos lesados causando assim complicações de um traumatismo músculo-esquelético podem pôr em risco a vida ou o membro, dependendo da gravidade da lesão local e da natureza da resposta sistêmica resultante. Até mesmo uma fratura “simples” da diáfise femoral pode desencadear uma cascata de eventos ameaçadores à vida que culminam em insuficiência multissistêmica, mostrando que raramente ocorre uma fratura verdadeiramente “isolada” em um osso longo de extremidade.
TIPOS DE COMPLICAÇÕES
a) Imediatas: Choque,Lesões arteriais, Lesões neurovasculares, Gangrena e Contratura de Volkmann.
b) Tardias: Retardo de Consolidação, Rigidez articular, Consolidação viciosa, Osteomielite,Artrite Séptica.
IMEDIATAS ( CHOQUE) Dentre os vários tipos de choques o que no momento interessa para o nosso estudo é o choque hipovolêmico. É definido como um estado clínico no qual existe má perfusão dos tecidos com resultante hipóxia tecidual que ameaça danificar os órgãos vitais. SIMEONE, 1964, afirmou que “o choque é uma condição clínica na qual, em virtude de um volume sanguíneo circulante efetivo insuficiente, ou em virtude da partição anormal do débito cardíaco, o fluxo sanguíneo capilar nos tecidos vitais ou em todos os tecidos é reduzido a níveis abaixo das necessidades mínimas para que haja metabolismo oxidativo”. Em 1872, GROSS definiu o choque como “ uma manifestação de desarticulação radical da maquinaria da vida”. WIGGERS, (1942) caracterizou o choque como “um estado de baixo débito cardíaco com diminuição na resistência periférica total”.
Entretanto, por de pesquisa mais recentes mostraram que um baixo débito cardíaco nem sempre está presente, e que o padrão hemodinâmico está diretamente relacionado com a