Complacência Pulmonar
É a capacidade que o pulmão tem de se expandir. Para expandir os pulmões é necessário um mínimo de esforço, que ocorre naturalmente, na atividade da respiração. Esse esforço é realizado pelo músculo diafragma e pelos músculos intercostais externos. Quando a capacidade de se expandir está diminuída, diz-se que o pulmão tem a complacência reduzida e se expande com mais dificuldade, fica “duro”. A diminuição da complacência é perigosa, pois impõe um maior trabalho ao sistema respiratório para “abrir” os pulmões e “fazer o ar entrar”. Em uma situação aguda, o paciente pode evoluir rapidamente para a insuficiência respiratória, ou seja, o esforço muscular que ele realiza para respirar passa a não ser suficiente para expandir os pulmões e ele pode para de respirar.
Um pulmão complacente é um pulmão de grande elasticidade ou distenbilidade, que facilmente se enche de ar, mesmo com um pequeno ∆p ( pressão transtorácica).
A complacência pulmonar é a medida de volume corrente (∆V) em relação ao gradiente de pressão que move o ar pra dentro dos pulmões, ou seja:
CP= ∆V/∆P.
O cálculo de complacência é muito utilizado em pacientes submetidos a ventilação mecânica. O ∆V é o próprio volume da corrente, enquanto ∆P é a pressão de Platô ( é a pressão de distensão ), considerando uma pressão expiratória zero. Por isso chamamos de complacência estática (CE). Quando a pressão no final da expiração é positiva, o ∆P (pressão transtorácica) é a diferença entre a pressão de platô e PEEP ( pressão positiva expiratória final).
CE= Volume corrente (ml)/Pressão de platô – PEEP
Valor normal entre 80-100 ml/H2O
Quando utilizamos a pressão de pico no lugar da pressão de platô, teremos a complacência dinâmica (CD).
CD= Volume corrente (ml)/pressão de pico – PEEP
A complacência estática reflete nas propriedades de distensibilidade dos pulmões e caixa torácica, enquanto que a complacência dinâmica depende da resistência das vias aeras. Se as duas complacências