A Influência do Sedentarismo na Prevalência da Dor Lombar: Uma Revisão de Literatura
INTRODUÇÃO
A lombalgia apresenta-se como uma das queixas mais frequentes da coluna vertebral e é responsável por parte significativa da demanda nos serviços de saúde, uma vez que esta região anatômica recebe uma carga significativa do peso corporal (KLEINPAUL, 2008).
A coluna vertebral constitui o eixo central do corpo humano. Para o funcionamento correto deste eixo é necessário o equilíbrio das peças que o constitui. Entretanto, como a coluna está constantemente submetida às mudanças posturais e ao suporte de diferentes cargas, o desalinhamento dessas peças ocorre com frequência, o que caracteriza a grande incidência de dores na coluna (FERREIRA; NAVEGA, 2010).
As dores na coluna e regiões adjacentes correspondem à grande maioria dos motivos de queixas dos problemas ortopédicos, sendo uma das estruturas mais afetadas pelo sedentarismo e má postura (GUEDES; MACHADO, 2008).
O desconforto na região lombar não pode ser entendido apenas no contexto de um quadro álgico isolado. Na verdade, ele vem sendo descrito na literatura com uma síndrome de descondicionamento, onde fatores biopsicossociais interagem (COSTA; PALMA, 2005).
O músculo desempenha importante papel protetor das estruturas anatômicas da coluna vertebral. A hipotonicidade proveniente do desuso, a permanência prolongada em determinadas posições, a fadiga local, causam uma transferência excessiva de carga a essas estruturas provocando dor (COSTA; PALMA, 2005).
A inatividade física pode ter associação com dores na coluna e regiões anatômicas adjacentes. O sedentarismo é reconhecido como importante contribuinte para a ausência de saúde, uma vez que a falta de atividade física pode exercer um efeito nocivo sobre o sistema musculoesquelético, além de comprometer o bem estar psicossocial do paciente (MANCIN, 2008).
Os sintomas dolorosos podem agravar-se de forma progressiva e evoluir para a perda ou