Compilação de conhecimentos relacionados a Bacia de Pelotas
Bacia de Pelotas:
A plataforma e o talude continental do Rio Grande do Sul localizam-se sobre a Bacia de Pelotas (Fig.1).
A Bacia de Pelotas situa-se no extremo sul da margem continental brasileira, compondo assim o setor sul/sudeste da margem continental brasileira. Esta bacia tem seus limites ao norte com a Bacia de Santos, pela plataforma de Florianópolis, e ao sul com as bacias da Margem Continental do Uruguai. A bacia compreende uma área de aproximadamente 250.000 Km² (Fig.2).
A Bacia de Pelotas é composta estruturalmente, por uma porção rasa, onde o embasamento cristalino encontra-se entre a superfície e a profundidade de 2.500m, aproximadamente, e por uma porção profunda, onde o embasamento pode atingir 9.000m. Estas duas porções da Bacia de Pelotas encontram-se separadas por um sistema de falhas de grande extensão e rejeito, este que tem como nome a Falha do Rio Grande do Sul (Ojeda & Cesero, 1973). O embasamento cristalino ao qual está bacia encontra-se apoiada é constituído pelo Escudo Cristalino Pré- Cambriano e pelas sequências sedimentares e vulcânicas paleozoicas e mesozoicas da Bacia do Paraná (Fig.3). A Bacia de Pelotas é uma bacia marginal aberta (Fig.4) e em relação a classificação de bacias sedimentares brasileiras de Asmus e Porto (1972) esta bacia é do Tipo V – Bacia Costeira (Fig.5).
A origem da bacia é diretamente relacionada com processos geotectônicos que ocasionaram a abertura do Oceano Atlântico, a partir do Jurássico. Acredita-se que o desenvolvimento dessa bacia possa ser dividido em três fases ou megassequências principais de evolução tectônica. A fase pré-rifte corresponde a sedimentos e rochas vulcânicas do Paleozóico e Mesozóico da Bacia do Paraná. Já a fase sinrift é caracterizada (Neocomiano – Barremiano) por falhamentos antitéticos que definem meio-grábens na plataforma continental, essa sequência foi amostrada em poucos poços em situação de gábren proximal e é constituída por conglomerados com