Compendio
1) Por que o Institucionalismo é um movimento e não uma ciência, uma disciplina ou uma tecnologia? 2) O que aconteceu com o saber e o saber-fazer que as comunidades primitivas ou os povos e grupos leigos em geral produziram e acumularam durante sua experiência de vida?
3) O que significa" divisão social e técnica do trabalho e do saber", e por que se diz que as ciências, as disciplinas e seus experts estão em geral a serviço das classes e grupos dominantes?
4) Existem "necessidades mínimas naturais" cuja satisfação é demandada pelas populações, ou é a oferta de bens e serviços que produz certas necessidades e desejos (e não outros) e modula as demandas? 5) O que significa auto-análise e autogestão?
Capítulo I
O MOVIMENTO INSTITUINTE, A AUTO-ANÁLISE E A AUTOGESTÃO
No início devemos esclarecer que esse livro não terá o nível que alguns esperariam, pois se procura apresentar uma exposição de nível médio, para ser entendida pelo maior número possível de pessoas.
Vamos tratar do chamado Movimento Institucionalista ou Instituinte que, como o nome aproximativamente indica, é um conjunto de escolas, um leque de tendências. Não existe nenhuma escola ou tendência que possa dizer que encarna plenamente o ideário do Movimento Instituinte.
Contudo, pode-se encontrar em diversas dessas escolas algumas características em comum. E é a essas características em comum que eu gostaria de referir-me agora, da maneira mais simples e mais didática possível. Em capítulos sucessivos, teremos ocasião de complicar as coisas... Agora, a intenção é, predominantemente, simplificá-las. Entre as características presentes em todas as tendências do Movimento Instituinte, há algumas que são relativamente fáceis de se colocar. Eu diria que existe o que se chama de "ideaismáximos" do Movimento. Podemos chamar a isto também de
13 ▲ propósitos mais importantes, os objetivos mais ambiciosos dessas escolas. Os mesmos podem ser enunciados através de