Comparac A O Entre Anti Gona E

Comparação entre Antígona e “As origens do pensamento grego”-Vernant.

Professora: Maria Pissara

Gabriel Barzilai, MA1-diurno

Em “As origens do pensamento grego” Vernant explica a formação da polis do séc. VIII-VII A.C ,como uma relação entre homens que toma nova forma. Esta nova relação se da por questões de interesse geral em que os conflitos de interesses devem se resolver pelo um debate. Assim, sendo a palavra a nova representação de poder, a persuasão e arte da oratória são as ferramentas para atingir o “bem-comum”. A nova formatação do sistema da polis leva ao um novo meio de cultura comum, que permite uma nova divulgação de conhecimentos previamente inacessíveis, por meio da escrita, e por fim, estabelecer as novas normas criadas em consenso as vontades da sociedade do polis, em que a as leis divulgadas configuram-se em si mesmas como verdade. Contudo, o “racionalismo’ que se instaurou na estrutura da polis entra em conflito aos processos religiosos governamentais, sem no entanto, eliminá-los. Deste novo processo, surgem associações secretas regidas pela religião, sem no entanto possuir quaisquer implicações políticas , em que se promovia o ideal de uma salvação pessoal através do mistério não acessível ao grande povo. Mesmo após o “saber” ser difundido entre a sociedade da polis, o mistério já um pouco enfraquecido, continuou a perdurar e possuir grande influência na vida social e nas associações por meio também dos objetos místicos e sagrados. Portanto, é possível perceber a simultaneidade e a coexistência mesmo que conflitante dos aspectos religiosos e político na polis. O mesmo é possível perceber em “Antígona” de Sófocles, em que Antígona a fim de seguir as exigências das normas religiosas, deseja enterrar seu irmão falecido, Polinice, no interior da cidade de Tebas. No entanto, Creonte, rei de Tebas, proibiu o enterro de Polinice que será deixado a apodrecer para servir de comida às aves sem que tenha direito sequer a prantos. Assim sendo,