Como o aluno aprende matemática
Zélia P. C. Bottino
A matemática está presente em diversas situações da nossa vida como economia, comércio, indústria, tecnologia, saúde, construção civil, agropecuária ou nas situações simples do cotidiano como fazer um bolo, comprar legumes na feira ou verificar as horas.
Cidadãos quantitativamente alfabetizados precisam conhecer mais que fórmulas e equações. Eles precisam de uma predisposição para olhar o mundo através de olhos matemáticos, para ver os benefícios (e riscos) de pensar quantitativamente acerca de assuntos habituais, e para abordar problemas complexos com confiança no valor do raciocínio cuidadoso. Alfabetização quantitativa dá poder às pessoas ao fornecer-lhes ferramentas para que pensem por si próprias, para fazer perguntas inteligentes aos especialistas, e para confrontar a autoridade com confiança. Estas são habilidades requeridas para prosperar no mundo moderno. Steen (2001, p. 5)
É preciso ter clareza dos objetivos que buscamos atingir quando estamos ensinando e avaliando, sem perder de vista o objetivo maior que é a formação de alunos conscientes, críticos e ativos na sociedade, garantindo o direito de todos à educação e à constituição de uma sociedade democrática.
Quando avaliamos procuramos averiguar resultados. Assim, a avaliação é uma prática social e escolar. Além de servir para conduzir e melhorar a aprendizagem permite classificar e controlar, servindo como instrumento de poder e discriminação. Historicamente a avaliação serviu de mecanismo de seleção dos melhores, excluindo aqueles que passaram a ter acesso à educação, mas que não se enquadravam nos padrões sociais exigidos. A cultura da repetência e a culpabilidade do aluno por seu insucesso são formas de conter o acesso de camadas socialmente mais desfavorecidas, portanto, são questões éticas e sócio-históricas.
Com os avanços da Psicologia pode-se perceber como a aprendizagem era vista pela sociedade. A escola tradicional, de