COMO TRANSFORMAR O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM AÇÃO
ROBERT KAPLAN, PROFESSOR DE HARVARD, APRIMORA O MÉTODO CRIADO POR ELE EM 1992 PARA MONITORAR O QUANTO UMA ESTRATÉGIA É COLOCADA EM PRÁTICA
Um dos maiores desafios em grandes empresas é executar, no dia a dia, o planejamento estratégico de longo prazo. No papel, os objetivos costumam soar mais claros e simples do que na prática. Perceber como cada ação da agenda aproxima – ou afasta – os executivos do plano maior é uma tarefa difícil. Para sistematizar esse trabalho, de forma minuciosa e precisa, o americano Robert Kaplan, professor de Harvard, criou, em 1992, em parceria com seu colega David Norton, um método para medir e avaliar o desempenho de profissionais dentro das empresas.
Batizado de Balanced Scorecard (BSC), o sistema parte da definição da estratégia ligadas aos serviços e infraestrutura de uma companhia. Acompanha sua implantação e, finalmente, chega ao monitoramento dos resultados atingidos. Essa técnica continua sendo usado em corporações ao redor do mundo e, segundo Kaplan, ganhou ainda mais relevância no contexto econômico atual. “A ideia de não depender exclusivamente de medidas financeiras para avaliar o desempenho dos negócios tem se tornado mais importante nos dias de hoje”, diz ele a NEGÓCIOS. De acordo com o consultor, monitorar os impactos de questões intangíveis nas organizações – como lealdade do cliente, inovação, qualidade, motivação e competências dos funcionários, entre outras – é atualmente um dos principais pilares de uma companhia sustentável no longo prazo.
Ao longo de mais de duas décadas, Kaplan e Norton fizeram algumas adaptações ao BSC para adequá-lo aos desafios contemporêaneos e aos novos campos de atuação dos consultores – além de empresas privadas, o sistema agora também é implementado em companhias públicas e organizações sem fins lucrativos.
O maior aprendizado da dupla de Harvard ao longo desse caminho, foi reconhecer a importância do envolvimento da alta liderança na