Como surgiram as universidades ?
Imagine uma universidade comandada pela Igreja, com as aulas acontecendo em salões e, ao invés de muitos alunos jovens (alguns ainda com espinha no rosto), um monte de senhores maduros que ainda pagam para assistir às aulas de que necessitam. Imaginou? Assim eram as primeiras universidades.
A primeira universidade de que se tem notícia é a de Bolonha, Itália, criada em 1150 e que funcionava como foi descrito acima. Naquela época o conhecimento era privilégio de poucos e apenas quem podia pagar se associava a outros interessados para contratar um professor sobre algum dos temas das chamadas “essências universais”. Daí o nome de “universidade”.
No fim do século XII a universidade de Bolonha incorporou o primeiro curso de Direito com as disciplinas de retórica, gramática e lógica.
A segunda universidade mais antiga é a Universidade de Paris (Sourbonne), fundada em 1214. Antes disso, as únicas instituições comparáveis às universidades eram os mosteiros que se dedicavam ao estudo da teologia, filosofia, literatura e eventos naturais sob o ponto de vista da religião, mas que, por muito tempo, foram os responsáveis pela preservação da cultura e dos conhecimentos da época. Fora isso, podemos considerar também os estudiosos “livre-pensadores” como os alquimistas e os filósofos, principalmente os gregos, como Aristóteles (384-322 a.C.) que dava aulas públicas no jardim de sua casa, o Lyceum, e que sozinhos ou em grupos dedicavam a vida à tentativa de entender e modificar o mundo a sua volta. Se os filósofos clássicos foram os responsáveis por libertar a sociedade da época do misticismo excessivo, discutir os melhores meios de ordenar o conhecimento e dar forma ao pensamento lógico e à ética, a Igreja, por outro lado, fez com que o conhecimento por muito tempo se relegasse a uma tentativa de explicar o universo (que eles ainda nem imaginavam o que seria) por meio de Deus e corroborar o que havia sido escrito