Como surge o câncer de mama

O cancro da mama assume uma preponderância cada vez maior, devido às repercussões nos mais diversos níveis: físico, psicológico, emocional, familiar e social, constituindo a neoplasia maligna mais comum entre as mulheres no mundo ocidental industrializado, com elevadas taxas de mortalidade, sendo no contexto mundial, uma doença com grande impacto na sociedade (Patrão & Leal, 2004; Amorim, 2007 e Almeida et al., 2012).
Como referem Ramos & Lustosa (2009) o diagnóstico e todo o processo da doença geram situações de crise vividas pela mulher e pela sua família com intensa angústia, onde a possibilidade de sofrimento, de morte e de mutilação estão presentes de forma significativa.
Em Portugal, é o tipo de cancro mais frequente na mulher (Rebelo et al., 2007), representando um sério problema de saúde, embora os progressos técnicos e científicos na sua deteção precoce e os tratamentos cada vez mais avançados tenham conduzido a uma diminuição significativa da mortalidade, levando a que um número crescente de pessoas sobreviva e viva para além do cancro por longos anos (Pinto & Ribeiro, 2006).
Passar pelo cancro da mama será sempre um período duro, de mudança e de incerteza que envolve e influencia vários aspetos da vida da mulher, pelo que conhecer e compreender as experiências, vivências e contrariedades ao longo do processo da doença, constituiu-se como a finalidade deste estudo, no sentido de conhecer os sentimentos e opiniões que as mulheres possuem quando se confrontam com uma situação real de doença.