Como inovar no mercado
Por Carin Homonnay Petti Há 11 anos, o norte-americano Guy Kawasaki, 54, dedica boa parte de seu tempo a uma tarefa difícil: tentar identificar empreendedores com ideias inovadoras, capazes de render lucros estratosféricos. Ele é fundador do Garage Technology Ventures, fundo de capital de risco da Califórnia especializado na compra de participação de empresas nascentes de alta tecnologia. Com a experiência acumulada, escreveu nove livros de empreendedorismo - entre eles, 'A Arte do Começo', best-seller nos Estados Unidos, e o recém-lançado 'Reality Check', não publicado no Brasil. Em entrevista exclusiva a Pequenas Empresas & Grande Negócios, ele aponta caminhos para quem quer inovar no mercado, recrutar bons funcionários e atrair investidores.
Por que o senhor costuma dizer que a busca da perfeição é inimiga da inovação?
A primeira versão de um produto inovador raramente é perfeita. No início, por exemplo, o Macintosh não tinha software nem disco rígido. A empresa que espera até que tudo esteja perfeito nunca faz o lançamento. De tanto aguardar, acaba superada pelo mercado. Mas isso não significa que dê para continuar assim. É preciso aprimorar a versão 1.0 e criar as versões 1.1, 1.2, 2.0... Inovação não é um evento, é um processo. Essa é uma lição difícil de aprender. Como os funcionários trabalharam tão duro para lançar algo inovador, a última coisa que querem é lidar com reclamações a respeito de seu 'bebê perfeito'.
Algum outro erro comum?
A maioria das empresas tenta criar panacéias milagrosas: produtos com apelo para todas as regiões e todos os níveis socioeconômicos. Mas a estratégia só garante mediocridade. Bem melhor é criar algo que deixe alguns segmentos muito felizes, sem ter medo de descontentar outros. O pior dos mundos é ser incapaz de despertar reações passionais - sina das companhias que querem deixar todos contentes.
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