Como funciona a Itaipu.
Por Tiago Cordeiro
Construída entre 1975 e 1984, Itaipu é a maior usina hidrelétrica do mundo em termos de geração de energia (em alguns anos vai ser superada por uma usina da China, mas por enquanto ainda sustenta o posto). A usina é binacional e foi construída pelo Brasil e pelo Paraguai no rio Paraná, bem na fronteira entre os dois países.
Itaipu gera 14 mil MW, o suficiente para suprir 19,3% da demanda total do Brasil e 87,3% da demanda do Paraguai. A usina segue o princípio básico de funcionamento de uma hidrelétrica que é usar a força de uma queda d’água para gerar energia elétrica. Mas Itaipu tem algumas especificidades decorrentes de seu grande tamanho.
Confira:
QUATRO BARRAGENS SOMADAS
A usina possui uma barragem de terra, uma de enrocamento (mistura de terra e concreto) e duas de concreto. Veja no mapa abaixo:
Imagem do site oficial da Itaipu Binacional
20 UNIDADES GERADORAS
É como se o lugar abrigasse 20 usinas diferentes. Metade da produção é destinada para o Brasil, na frequência da rede elétrica brasileira: 60 Hz. A outra metade pertence ao Paraguai e produz na frequência deles, 50 Hz. Mas o Brasil compra a produção de oito das dez unidades geradoras dos paraguaios.
A energia é gerada a 50 Hz, transmitida assim até Ibiúna, onde é reconvertida para 60 Hz. Os dois sistemas operam de forma independente, mas são interligados. Um problema no Brasil desliga as unidades geradoras paraguaias (como aconteceu na terça-feira, 10) e vice-versa.
ITAIPU NÃO É UMA USINA TÍPICA
A represa enche e esvazia mais rápido que outras. Para dar vazão ao acúmulo do período de chuva, grandes vertedouros fazem a água correr como cascatas até voltar ao rio Paraná. Ao final da queda, elas são lançadas para uma posição superior para cair com menos impacto no leito do rio e diminuir a erosão.
ITAIPU EM NÚMEROS
- 40 mil pessoas trabalharam na construção de Itaipu, que durou 9 anos
- A barragem principal da usina binacional