Como devem ocorrer os testes de laboratórios em animais
Pesquisadores que usam animais em experimentos científicos detestam a ideia de maltratar seres vivos. É exatamente por isso que as pesquisas precisam seguir normas rigorosas.
Os cientistas seguem regras bastante rígidas para evitar ao máximo que animais sofram durante experimentos científicos
“No Brasil, todo laboratório que trabalha com esse tipo de estudo deve ter uma comissão de ética para garantir o bem-estar dos animais”, garante o médico Hugo Faria Neto, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz.
Ele explica que, sempre que possível, os pesquisadores buscam métodos alternativos para evitar o uso de animais. Por exemplo: eles podem usar culturas de células, tecidos e até programas de computador para simular os processos biológicos que querem estudar.
Mas nem sempre há outra opção – em algumas pesquisas, usar animais é o único jeito de revelar detalhes que os estudos de culturas de células e outros métodos não mostram. Quando isso acontece, muitos cuidados são necessários. Os bichos usados em laboratório são criados sob condições especiais, com alimento de qualidade, água fresca e ambiente higiênico, com temperatura e iluminação controladas.
Durante os experimentos, os cientistas cuidadosos fazem de tudo para que os animais não sintam dor. “Se algum procedimento mais delicado for necessário, eles deverão estar sob o efeito de anestésicos ou analgésicos”, ressalta Hugo. “É preciso evitar que eles passem por qualquer tipo de sofrimento desnecessário.”
ANIMAIS USADOS: Porquinhos-da-índia, camundongos, coelhos e macacos são os animais mais utilizados pelos cientistas, mas, em alguns casos, também se recorre a cães, porcos e até baratas.