Cometa Ison

Os cometas são fascinantes.
Vêm dos cantos longínquos dos sistema solar e por uns instantes rebrilham no céu para delírio de astrónomos e aficionados da ciência. Estes objetos são usualmente divididos em duas categorias principais, de acordo com o período orbital dos mesmos. Os cometas de período curto serão originários do Disco Disperso, um aglomerado de detritos que se encontra para lá da órbita de Neptuno, e da Cintura de Kuiper para lá deste. Os cometas que vêm daqui usualmente têm orbitas de dezenas ou centenas de anos e são os que mais recorrentemente são identificados.
Mas depois existem os cometas de longo período. Descendentes da Nuvem de Oort, localizada no limite extremo do sistema solar, estes objectos têm orbitas que podem chegar aos milhões de anos e a sua detecção e observação pelos cientistas são sempre alvo de grande entusiasmo.
O cometa em si é constituído por um núcleo, formado de pedaços de rocha, gelo e gases congelados. Como se pode supor, tal composição torna-o bastante frágil, e à medida que ele se afunda no campo gravitacional do Sol e aquece com a aproximação à estrela, os constituintes líquidos vaporizam, criando a cauda brilhante pela qual estes astros são conhecidos.
Durante a sua digressão pelo sistema solar os cometas enfrentam grandes obstáculos à sua existência, como os planetas, que os podem destruir através dos seus campos gravíticos, ou simplesmente chocando com eles, e o próprio Sol. Se se aproximarem demasiado correm o risco de derreter. Caso sobrevivam, contudo, irão tornear a estrela e ser lançados de volta às profundezas do sistema ou mesmo para lá dele, perdendo-se nas profundezas do espaço.

O ISON
Em 21 se Setembro de 2012 dois astrónomos, o bielorusso Vitali Nevski e o russo Artyom Novichonok, descobriram um novo cometa, designado C/2012 S1, designado ISON pelos média devido ao facto de que ambos estavam a trabalhar num telescópio pertencente à Internacional Scientific Optical Network (Rede Óptica