Comentário para uma redefinição da Cultura – Herbert Marcuse
GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
TRABALHO PARA AVALIAÇÃO PARCIAL DA DISCIPLINA:
ÉTICA E EDUCAÇÃO
Professor: Gilberto Tedeia
- 2013 -
Resenha do Capítulo: Comentário para uma redefinição da Cultura – Herbert Marcuse1
No texto analisado, o autor toma como ponto de partida para sua redefinição de cultura a conceituação de Webster no qual afirma ser esta o pano de fundo de uma sociedade que é composto pelo complexo específico de crenças religiosas, tradições e aquisições.
É a partir desse aspecto, focando-se na relação entre “pano de fundo” e “fundo”, que Marcuse começa a destrinchar a conceituação primeiramente apresentada e chega à elaboração de que a cultura é “o conjunto de objetivos morais, intelectuais e estéticos considerados por uma sociedade como meta da organização, da divisão e da direção do seu trabalho que deve ser alcançado pelo modo de vida por ela instituído”. Apenas quando essas metas e objetivos são traduzidos na realidade social, através de uma afinidade demonstrável das instituições dominantes com esses valores, é que se posse falar em existência da cultura.
Marcuse traça, partindo do pressuposto da necessária relação da aplicabilidade verificável das metas com as metas abstratamente, uma conceituação de cultura que pressupõe dois momentos, um subjetivo e um objetivo, em dialética comunicação. É na relação entre os princípios morais que regem uma sociedade, com a sua tradução na reprodução prática da vida que se molda, no autor, a afirmação de que a “cultura é mais de que uma mera ideologia”. Em paráfrase, o exame de uma dada cultura envolve a relação entre valores e fatos; a relação entre os meios da sociedade com as metas que ela mesma professa.
Porém, o vínculo entre os fins culturais e os meios factuais não é um mero problema lógico ou epistemológico, nem muito menos se dá de forma linear e sempre harmônica. Existe assim uma dualidade trazida à luz sob a forma de cultura e civilização. A