Coment Rio Sobre O PAI NOSSO
Mateus 6:9-15
Antes de começar o exame detalhado do Pai Nosso, será conveniente que recordemos algumas questões gerais.
Devemos assinalar, acima de tudo, que esta é uma oração que Jesus ensinou a seus discípulos. Mateus localiza a totalidade do Sermão da Montanha no contexto social da comunidade dos discípulos (Mateus 5:1), e Lucas diz que Jesus ensinou esta oração em resposta ao pedido de um de seus discípulos (Lucas 11:1). A primeira coisa que devemos recordar sobre o Pai Nosso é que somente um discípulo de Jesus Cristo pode repetir significativamente suas palavras. O Pai Nosso não é uma oração para meninos, como muitos a consideram hoje em dia, porque Mateus (William Barclay) 215 para o menino carece de sentido. O Pai Nosso não é a oração devocional da família, como às vezes a entende, a menos que quando dizemos "família" entendamos a família da Igreja. O Pai Nosso é especifica e definitivamente a oração do discípulo. Para dizê-lo de outra maneira, somente se pode orar o Pai Nosso quando aquele que ora, usando suas palavras, sabe o significado do que está dizendo, e ninguém pode sabê-lo a menos que haja ingressado no discipulado cristão.
Devemos, em segundo lugar, tomar nota da ordem das petições do Pai Nosso. As primeiras três têm que ver com Deus e com a glória de Deus; as últimas petições (três também) têm que ver conosco e nossas necessidades. Quer dizer, Deus recebe, em primeiro lugar, o lugar supremo, e só então nos voltamos para nossas necessidades e desejos. Somente quando se dá a Deus seu lugar próprio todo o resto passa a ocupar o lugar que lhe corresponde. A oração nunca deve ser um intento de mudar a vontade de Deus para adequá-la aos nossos desejos. A oração, quando é autêntica, sempre é um intento de submeter nossa vontade à vontade de Deus.
A segunda parte de nossa oração, que se ocupa com as nossas necessidades e carências, é uma unidade obtida de maneira maravilhosa. Ocupa-se das três necessidades essenciais