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A comunicação é um elemento intrínseco a qualquer sociedade. Desde os primórdios do universo, pequenos seres vivos dependiam dela para sobreviver. Fosse para conseguirem se alimentar, fosse para se protegerem de predadores eles desenvolveram primitivos sistemas de comunicação que, até hoje, são estudados em diversas linhas de pesquisas. Nesse sentindo, a comunicabilidade sempre foi um instrumento de desenvolvimento e transformação das comunidades, ainda que elas não percebam.
A partir do entendimento desse ponto como sendo um ponto inicial, a curiosidade e a percepção acerca desse componente próprio de todo ajuntamento de seres vivos, se tornou natural. Nesse contexto, ao longo do tempo e do desenvolvimento humano, os estudos a respeito da Ciência da Comunicação e sua relação com a sociedade se tornaram mais frequentes e comuns. Porém caminhamos, por muitos anos, a passos lentos no que diz respeito ao avanço dos estudos na área.
Segundo Formiga (2006), o problema é exatamente a consolidação da Comunicação como ciência, devido à ausência de um objeto de estudos que caracterize sua natureza. Por ser uma junção de contextos históricos, sociais, políticos, econômicos e culturais, a comunicação torna-se uma ciência interdisciplinar que envolve várias áreas, tais como sociologia, psicologia, filosofia, entre tantas outras. Mas, apesar das dificuldades em se estabelecer no campo científico, ao longo do tempo, jornalistas, publicitários, comunicólogos e apaixonados pela arte da comunicação, tornaram-se pesquisadores e semearam diferentes teorias sobre essa ferramenta social.
O Agenda-setting é um dos principais modelos dessas teorias, destacando-se por investigar os efeitos que os meios de comunicação de massa podem ter sobre a sociedade. Proposto na década de 1970 por Maxwell McCombs e Donald Shaw, o agendamento sugere que os meios de comunicação de massa, a partir da sua agenda de notícias, pautam os assuntos da esfera pública, de modo