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João Bittencourt de Oliveira (UERJ/UNESA) joao.bittencourt@bol.com.br 1.
Introdução
A língua inglesa que se conhece no presente é o resultado de uma evolução de mais de quinze séculos. A maioria dos autores concorda que essa mudança foi gradual, não podendo ser tão facilmente demarcada do mesmo modo que se demarcam acontecimentos históricos ou políticos. Contudo, as seguintes fases da língua são bem delineadas quanto aos aspectos fonéticos, morfológicos, lexicais e sintáticos:
· 449–1100: Old English (Anglo-Saxônico) – A língua de Beowulf e Alfredo o Grande (do inglês antigo: Ælfrēd).
· 1100–1500: Middle English – A língua de Chaucer (Canterbury Tales)
· 1500–1650: Early Modern English – A língua de Shakespeare e da versão bíblica King James.1
· 1650– até os dias atuais: Modern English – A língua como se fala e escreve nos dias de hoje.
Entende-se por inglês antigo ou inglês saxônico (Old English), o inglês falado e escrito de diversas formas no período de 450 a
1100. É também conhecido como o período das flexões completas, porque durante esse período as terminações do substantivo, do adjetivo e do verbo são mantidas para designar as diferentes funções sinEssa primeira fase do inglês moderno é derivada do dialeto de Midlands Oriental, hoje uma das nove regiões oficiais da Inglaterra, especialmente da área de Londres. Dessa variedade local surgiu, nos fins do século XIV, uma língua escrita que, no decorrer do século XV, ganhou status e sobrepujou as demais variedades, tornando-se desde então a língua padrão tanto no registro falado quanto no escrito. A expressão King’s ou Queen’s English significa o inglês gramaticalmente correto e provavelmente vem de uma passagem de Shakespeare: “Abusing of
God’s patience and the king’s English.” [Shakespeare, The Merry Wives of Windsor, I. v. 5.]
(Apud HARVEY, 1967, p. 272).
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621 táticas. Os textos desse período são praticamente ininteligíveis para
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