Comando do crime
Quando a ONU foi criada em 1945, a Palestina era um território administrado pela Inglaterra, sob a forma de Mandato, recebido da Liga das Nações em 1922. Entre as questões que tinham que ser tratadas estava a de uma nação judaica na Palestina. O crescimento da imigração judaica para a Palestina encontrava forte objeção por parte da população árabe local, que em meados da década de 40 compreendia cerca de 2/3 de uma população no território de dois milhões. Tendo em vista a escalada da violência, a Inglaterra decidiu, em fevereiro de 1947, trazer a questão da Palestina à ONU. Chamando a atenção para a "oportunidade de um assentamento inicial na Palestina", o governo inglês pediu a realização imediata de uma sessão especial da Assembléia Geral (AG), com o objetivo de se constituir um comitê especial que deveria preparar um estudo preliminar sobre a questão da Palestina, que fosse submetido à posterior consideração dos membros da Assembléia Geral. Na primeira sessão especial convocada pela AG, em 28/04/47, foi criado um comitê especial sobre a Palestina. Cinco países árabes - Egito, Iraque, Líbano, Arábia Saudita e Síria - tentaram sem sucesso incluir na agenda da sessão especial um item que tratasse "do fim do Mandato sobre a Palestina e a declaração de sua independência". O caso judeu foi apresentado pela Agência Judaica para a Palestina, enquanto o Alto Comitê Árabe falou pelos árabes palestinos. Na sessão especial, a AG criou o Comitê Especial da ONU sobre a Palestina (UNSCOP), composto por 11 estados membros, para investigar todas as questões importantes relativos ao problema da Palestina e recomendar soluções que seriam discutidas na sessão de setembro de 1947. Durante o curso de suas atividades, o Comitê Especial foi à Palestina, ao Líbano, Síria e Transjordânia, e visitou também os campos de refugiados na Europa, a qual tinha sido devastada pela II Guerra Mundial e tinha vivenciado a tragédia dos judeus europeus