Com Apoio Da Arquitetura
EM/ Lugar Certo
Criar um espaço apropriado para receber as crianças que estão em tratamento auxilia o processo terapêutico
São muitos os estudos que indicam que a hospitalização pode afetar o desenvolvimento da criança, interferindo na sua qualidade de vida. Para lidar com essa situação, o brincar tem funcionado como estratégia de enfrentamento da doença. "Criar um ambiente de saúde adaptado ao universo infantil é importante para que o tratamento seja percebido não como uma situação de trauma, mas como um processo transitório. O brincar pode ser um recurso adequado para a adaptação da criança hospitalizada, permitindo personalizar a intervenção", diz a arquiteta Ana Carolina M. Tabach, diretora de projetos da C + A Arquitetura e Interiores.
O câncer, por exemplo, por ser uma doença crônica, expõe a criança e seus familiares a diversas situações estressantes, que se somam à possibilidade de internação. Uma criança com uma doença crônica, que necessita de visitas regulares ao hospital, pode encontrar dificuldades e obstáculos na sua vida social e familiar, como, por exemplo, a restrição do convívio social, ausências escolares freqüentes e aumento da angústia e tensão familiares. "Acrescentamos a esse quadro a necessidade de se adaptar aos novos horários, receber injeções e outros tipos de medicação, ter que permanecer em um quarto, ser privada de atividades de brincar - situações que não faziam parte de sua vida de criança, e que se agravam com a hospitalização", explica Ana Carolina Tabach.
Os prejuízos trazidos por uma internação prolongada são bem conhecidos. Por isso é tão importante promover a humanização das instituições de saúde, de qualquer porte, desde consultórios, com atendimento ambulatorial, até hospitais quaternários de especialidades médicas, como cardiologia ou oncologia, buscando prevenir comportamentos deprimidos e visando promover a saúde e a pronta recuperação. "A