coloração ziehlneelson

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Coloração de Ziehl-Neelsen (BAAR)

INTRODUÇÃO

Através desta coloração, podemos visualizar as micobactérias, que possuem na sua parede celular uma grande concentração de lipídeos, devido à presença de ceras e ácidos graxos (ácidos micólicos), o que dificulta a sua visualização através das colorações tradicionais.

UTILIZAÇÃO
1) Diagnóstico bacterioscópico de micobactérias
1.1) Colheita do material clínico:
Tuberculose: escarro; urina; leite; biópsia (de acordo com a localização).
OBS: O escarro deve ser colhido pela manhã por causa do grande acúmulo, e deve conter o mínimo de saliva possível. Devem ser colhidas três amostras por paciente, em recipiente descartável.
Hanseníase: raspado de lesão; secreção nasal; gota de sangue do lóbulo da orelha.

1.2) Aplicação:
Busca de casos (início rápido da quimioterapia)
Eficiência da quimioterapia
OBS: Este método de coloração possui baixa sensibilidade (mínimo de 10 bac/ml) e grande especificidade.

Para veterinária:
Mycobacterium bovis – Tuberculose bovina. Também pode ser transmitida ao homem, através do leite não pasteurizado.
Patogenia:
Bacilos ingeridos → mucosa da orofaringe e trato digestivo → nódulos mesentéricos → outros tecidos.

EXECUÇÃO
A coloração de Ziehl-Neelsen é realizada utilizando os seguintes métodos:
a) lâmina fixada pelo calor;
b) cobrir o esfregaço com fucsina fenicada;
c) aquecer em chama até emitir vapores. A partir disto, iniciar a contagem de cinco minutos;
d) lavar a lâmina em água, suavemente;
e) colocar álcool-ácido clorídrico, até que não se desprenda mais corante (cerca de dois minutos);
f) lavar a lâmina com água;
g) cobrir o esfregaço com azul-de-metileno (durante trinta segundos);
h) lavar a lâmina com água;
i) deixar secar e observar ao microscópio com a objetiva de imersão.

RESULTADOS
Bactérias álcool ácido resistentes (BAAR): vermelho
Bactérias não-álcool ácido resistentes (BNAAR): azul

Soluções em ordem de aplicação
BAAR
BNAAR
Fucsina

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