COLONIZAÇÃO CATÓLICA DA AMÉRICA
INTRODUÇÃO
A Igreja Católica com a sua tendência missionária, difundiu a fé cristã no continente americano. Dessa forma, contribui para um maior controle dos diversos grupos étnicos indígenas. A Igreja Católica defendendo a doutrina
Cristã condenou em vários aspectos a cultura indígena, considerando-a como manifestações diabólicas. Os europeus, por exemplo, combateram a poligamia e as divindades indígenas em nome da moralidade cristã.
A sociedade europeia, nesse período, teve alguns problemas na forma de lidar com o elemento nativo americano. Num primeiro momento muitos achavam que eles não teriam alma. Depois entenderam que eles eram pessoas puras e necessitavam receber o Evangelho, outros ainda pensavam que deveriam ser tratados como os “mouros” (muçulmanos africanos / árabes).
E a Igreja de Roma também precisava lidar com essa situação. Muitos debates foram vistos, livros foram escritos sobre o nativo – “índio”.
O projeto colonial português se afirmava desenvolvendo duas formas de intervenção drásticas para a sobrevivência dos povos indígenas: usurpação de suas terras e exploração da sua força de trabalho. Na realidade, os primeiros escravos do Brasil foram os índios, também chamados, na documentação oficial, de “negros de terra” ou “gentios da terra”.
De início, recorreu-se aos indígenas, com o escambo, contudo, os portugueses queriam o trabalho em tempo integral e, para isso, necessitou escravizar os nativos. Eram usados como força de trabalho em tempo de guerra e em tempo de paz: soldados contra o invasor não português e trabalhadores na construção de obras públicas, engenhos, fortalezas, nas plantações do colonizador.
Com a chegada à América, os nativos também passariam por esse crivo dos europeus. Por acreditarem que não tinham alma podiam ser tratados como
“coisa”, logo eram inferiores e poderiam ser escravizados, explorados. Outros foram tratados da mesma forma que os africanos, pois algumas