Colonizaçao america portuguesa
- Francisco Carlos Teixeira da Silva - RESUMO A REVOLUÇÃO DO MESTRE DE AVIS E A REORIENTAÇÃO PARAULTRAMAR
Entre 1383-1385, dá-se a crise mais profunda. A nobreza atravessava uma ampla crise em decorrência da crise geral do feudalismo no século XIV e via na união com Castela uma forma de ter acesso a mais terras. Contra agrande nobreza colocavam-se os interesses da pequena nobreza e oscomerciantes e artesãos. A nobreza via no ataque à África a possibilidade de acesso ao ouro e às especiarias levantinas. E, surgia ao mesmo tempo, a possibilidade de acesso a terras conquistadas e a criação de uma série de cargos civis, militares e religiosos que, ao lado tenças, mercês e dotes, seriam distribuídos aos fidalgos. Já a burguesia lusitana, no contexto da expansão, desejava assegurar um fornecimento permanente de mercadorias e metaispreciosos e, ao mesmo tempo, contornar o monopólio italiano sobre asmercadorias orientais. Visando a conquista de riquezas, Portugal lança uma expedição contra Ceuta, contudo, a sua conquista em 1415 não representou a construção de uma sólida rede comercial na África. A manutenção de Ceuta e, mais tarde, adecisão de ampliar a conquista, representou um compromisso da políticaportuguesa com uma forma de expansionismo novo, abrindo caminho para uma ação de maior envergadura. Os arquipélagos atlânticos surgiam, assim,como um novo objetivo da política externa de Portugal, substituindo asrivalidades territoriais peninsulares, embora mantendo a disputa entre osmesmos parceiros.
A CONQUISTA DO MAR OCEANO
Decididamente, Portugal encontrava uma forte resistência no norte da África, e uma derrota nas Canárias, obrigando-o, desta vez decisivamente, aredirecionar sua expansão. Assim, sabendo que as rotas comerciais vinham do sul e do centro da África, Portugal organiza expedições visando a chegar a seus pontos de partida e, além disso, conseguir posições para um ataque pelo sul contra os infiéis. Com as