colonias portuguesas
António Luís Coutinho da Câmara (Portugal, 1638 — Bahia, 1702) foi um administrador colonial na Índia e no Brasil enquanto colônias portuguesas.
Por renúncia de seu padrasto Francisco de Faria – segundo marido da sua mãe, mas antes, possivelmente, seu primo – e “mercê del Rey”, era almotacé-mor do reino. Título esse confirmado por carta régia de 8 de janeiro de 1671, e que o garantia entre os primeiros nobres da corte1 .
Herdou a Capitania do Espírito Santo, que vendeu em 1674.
Nomeado como o 29.º Governador do Estado do Brasil de 1690 a 1694, introduziu novos cultivos, como o da canela e o da pimenta da Índia, além de ter combatido os quilombos. Na colônia, viu-se cercado da penúria e miséria que assolavam-na.
Entre 1698 e 1701, foi o 35.º Vice-Rei da Índia e 60.º Governador-Geral da Índia. Retornou à Bahia, onde viria a falecer em 1702.
Registos no Brasil :
É autor de uma conhecida carta ao rei de Portugal, Dom Pedro II, onde afirma:
"Considerando eu a miséria e a penúria a que todo este Estado do Brasil se vai, ou esteja reduzido, me parece não satisfaria a minha obrigação e ao zelo do servidor de Vossa Majestade e bem destes povos se não representasse, como por este papel faço a Vossa Majestade, a urgente opressão em que de presente se acham esta e as demais praças deste Estado."
Em seu entendimento, eram três as razões da penúria:
"A primeira é a grande perda que teve e sentiu no abatimento do dinheiro serrilhado." Havia carência de moeda, "aquele nervo vital do corpo politico ou o sangue dele que, derivando-se e correndo pelas veias deste corpo, o anima e lhe dá forças."
A segunda, na baixa do preço do açúcar, "porque como pelo abatimento dos açúcares neste reino é gastos nos fretes, comboio e mais direitos, apenas se tira lá o preço que aqui se dá por eles, tem mais conta aos que trazem fazendas que são muitos levar dinheiro do que açúcar."
E a terceira era o déficit na