Colocaçao pronominal
A posição normal dos pronomes átonos é depois do verbo (ênclise).
Isso acontece:
a) quando o verbo abrir o período.
Exemplos:
Ordeno-lhe que saía imediatamente.
Levantei-me assim que você saiu.
b) quando o sujeito - substantivo ou pronome (que não seja de significação negativa) - vier imediatamente antes do verbo, tanto nas orações afirmativas como nas interrogativas.
Exemplos:
O aluno queixava-se do calor.
João convidou-o para sair.
Desde então, ele afastou-se da nossa casa.
Os dois amavam-se desde a infância?
Próclise
A próclise é obrigatória:
a) nas orações negativas (não, nem, nunca, ninguém, nenhum, nada, jamais etc.), desde que não haja pausa entre o verbo e as palavras de negação.
Exemplos:
Ninguém me recuse este favor.
Ninguém o castigou.
Nunca se notou a ausência dele.
Não faz a felicidade dos outros, nem se sente feliz ele mesmo.
b) nas orações exclamativas, começadas por palavras exclamativas, bem como nas orações optativas.
Exemplos:
Como te iludes!
Quanto nos custa dizer a verdade!
Os céus te favoreçam!
Deus o abençoe, meu filho!
Raios o partam!
c) nas orações interrogativas, começadas por palavras interrogativas.
Exemplos:
Por que te afliges tanto?
Quem o obrigou a sair?
d) nas orações subordinadas.
Exemplos:
Quando o recebo em minha casa, fico feliz.
Há pessoas que nos querem bem.
É justo que o ampares.
e) com advérbios e pronomes indefinidos, sem que haja pausa.
Exemplos:
Aqui se aprende a defender a Pátria.
Tudo se fez como você recomendou.
Observação:
Se houver pausa depois do advérbio, prevalecerá a ênclise:
Depois, encaminhei-me para ele.
Com verbos no gerúndio, a regra geral é ainda a ênclise:
Cumprimentou os presentes, retirando-se mudo como entrara.
Porém haverá próclise se o gerúndio vier precedido de:
preposição EM;
advérbio que o modifique diretamente, sem pausa.
Exemplos: