Colagenoma eruptivo em paciente hiv+
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COLAGENOMA ERUPTIVO EM PACIENTE HIV+COIMBRA, Daniel Dal’ Asta. et. al. Colagenoma eruptivo em paciente HIV+. An Bras Dermatol. 2008; 83(2): 141-5.
O artigo em questão refere-se a um caso clínico de um paciente que há dez anos notou o surgimento de lesões protuberantes em seu corpo – precisamente nas regiões do tronco, dos membros superiores e abdômen – e há três anos descobriu ser soropositivo. Análises feitas por especialistas dariam o diagnóstico e confirmariam ou não uma possível relação entre essas lesões de pele e a infecção pelo HIV. Tais lesões foram diagnosticadas como colagenomas, que são hamartomas, ou seja, malformações tumorais que foram geradas por um aumento anormal de colágeno – proteína de importância fundamental na constituição do tecido conjuntivo. O colagenoma caracteriza-se por pápulas ou pequenos nódulos duros, assintomáticos, cor da pele ou levemente avermelhados e de formato arredondado. Primeiramente foi diagnosticada a relação dos colagenomas com a dermatofibrose lenticular (Síndrome de Buschke-Ollendorff), o xantoma eruptivo, a mucinose papulosa, a elastorrexe papulosa e a cicatrização pós-inflamatória relacionada a acne ou foliculite. Porém, após a análise de diversos exames dermatológicos, anatomopatológicos e complementares, algumas hipóteses foram descartadas. O colágeno, que representa aproximadamente 75% do peso da derme, tem como predomínio o colágeno tipo I – presente nas camadas mais profundas – e tipo III – que constitui as fibras reticulares. Diversas técnicas de coloração histológica foram utilizadas para diferenciar o tecido colágeno das fibras musculares, mas o que obteve resultados mais satisfatórios foi a utilização da coloração vermelho Picrosirius com visualização na luz polarizada. Sua utilização é de grande importância na investigação do colagenoma, pois através desse método podem ser observadas a disposição e a quantidade de fibras colágenas, etapas fundamentais para a confirmação do diagnóstico.
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