Coes o e Coer ncia
Texto e Coerência
Coerência: de que se depende, como se estabelece
4.1 Considerações gerais
A coerência se estabelece na dependência de uma multiplicidade de fatores, o que inclusive levou a uma a uma abordagem multidisciplinar dessa mesma coerência. O estabelecimento da coerência depende
A) de elementos linguísticos: seu conhecimento e uso;
B) do conhecimento de mundo: largamente explorado pela semântica cognitiva e/ou procedural, bem como o grau em que esse conhecimento é partilhado pelos receptores do texto.
C)de fatores pragmáticos e interacionais: contexto situacional, os interlocutores em si.
O conhecimento de mundo terá a ver, na interpretação, com a construção de um mundo textual e sua adequação aos modelos de mundo do produtor e receptor do texto.
Ligada ainda ao conhecimento de mundo, temos a questão da informatividade, que diz respeito à previsibilidade/imprevissibilidade da informação dentro do mundo textual.
Greice estabelece, como postulado básico que rege a comunicação humana:
Princípio da Cooperação: faça sua contribuição conversacional tal como é requerida no momento em que ocorre pelo propósito ou direção do intercâmbio em que está engajado.
Máxima da qualidade: não diga o que acredita ser falso; não diga senão aquilo para que você possa fornecer evidência adequada.
Máxima de relação: seja relevante, seja pertinente.
Máxima do modo: seja claro.
Charolles e Franck apreentam o princípio da cooperação como básico no processo de interpretação que leva ao conhecimento da coerência: os usuários sempre se assumem mutuamente como cooperativos e, portanto, creem que a sequência linguística a ser interpretada foi produzida para ser um texto coerente, que os sinais de coerência se manifestem diretamente na superfície linguística ou não.
Charolles(1987) enfatiza que a coerência é estreitamente dependente do interpretador que recebe o texto e busca interpretá-lo, usando seus conhecimentos linguísticos, de mundo etc.
Nos textos