Codependencia
Este trabalho objetiva aprofundar-se no contexto da codependência em drogadição por ser uma questão que vem sendo amplamente discutida na atualidade, no entanto, existem poucos estudos científicos que abordam o tema da codependência, bem como, tratamentos possíveis e existentes. Através de pesquisas realizadas, podemos afirmar que a drogadição está presente na população de modo exacerbado, ganhando cada vez mais destaque por estar ligada a vulnerabilidade social, saúde pública e psíquica. Neste sentido, discutiremos mais especificamente o papel da família nesse contexto e seus aspectos psicológicos e sociais.
1. Drogadição
A droga pode ser considerada qualquer substância natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções, podendo ser classificadas em depressoras, psicodislépticas ou alucinógenas e psicoanalépticas ou estimulantes (ANTI-DROGAS, 2007). A palavra droga, no sentido científico do termo, designa todo e qualquer medicamento. Muitas são as definições de droga encontradas na literatura. Entretanto, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), droga corresponde a qualquer entidade química ou mistura de entidades que podem alterar a função biológica e, possivelmente, sua estrutura (Galduróz, Noto, & Carlini, 1997) apud Pratta; Santos. As drogas atuam diretamente no sistema nervoso central (SNC), podendo causar alterações comportamentais de humor, de cognição e de percepção e, segundo seu mecanismo de atuação no SNC, podem ser classificadas de humor, em três categorias: (a) depressoras – provocam redução da atividade cerebral, levando ao relaxamento; (b) estimulantes – provocam um aumento da atividade cerebral, fazendo com que o estado de vigília se prolongue; e (c) perturbadoras – perturbam a fisiologia do SNC, podendo provocar distorção na percepção das cores e formas, além de provocarem delírios, ilusões e alucinações (Galduróz et al.,1997) apud Pratta; Santos.