co- dependência
A dependência de álcool e outras drogas é um problema complexo. No tratamento, a família é muito importante, porém, ela também adoece e na maioria das vezes se torna codependente. Nessa condição, ao contrário de ajudar, a família acaba comprometendo o processo de reabilitação do dependente químico.
São considerados codependentes os familiares do dependente que se dedicam de corpo e alma a ele, suportando bravamente todo o sofrimento devido a seu mau comportamento; que passam a revelar sérias dificuldades existenciais, quando o indivíduo retoma o controle da sua vida; e que se sentem completamente perdidos, esvaziados e, às vezes, passando a apresentar problemas semelhantes aos do dependente quando na ativa.
Essas atitudes podem até anular a personalidade do dependente, conduzindo-o à mera condição de vítima, de um sujeito irresponsável pelas próprias atitudes.
O codependente, ao contrário de ajudar, como gostaria, acaba comprometendo o processo de reabilitação do dependente. Despreparado para o enfrentamento do problema, é manipulado com facilidade e sem se dar conta passa a agir como agente facilitador do dependente, na maioria das vezes.
Para o enfrentamento da dependência química é recomendável que a família se prepare, capacitando-se para enfrentar a situação, caso contrário, ficará sujeita a se tornar refém do dependente, sendo mantida sob tortura em cativeiro psicológico, dia após dia, noite após noite.
Como capacitar uma família codependente para o enfrentamento do problema?
Esta é uma tarefa hercúlea. Dado o envolvimento da família nos problemas do dependente, os transtornos de comportamento devidos ao abuso de álcool e outras drogas são considerados como doença familiar, na qual só o elemento da atadura emocional diferencia o dependente químico do codependente. (ver características da codependência GJ Ballone)
Enquanto o dependente vive em função da substância de abuso, o codependente vive atado a ele. Ambos perdem a auto-estima,