Co-dependência das famílias de dependentes químicos
Com o aumento do consumo de drogas ilícitas, torna-se de essencial importância o aprofundamento de estudos sobre a codependência de familiares de usuários de drogas. A codependência é considerada uma doença emocional, que tem o poder de destruir uma pessoa que convive com pessoas carentes, doentes, deprimidas ou dependentes na família. Em nosso estudo focaremos a codependência de familiares de usuários de drogas, onde o membro da família desempenha o papel de cuidar do dependente, enquanto o outro membro desempenha o papel de depender dos problemas do dependente. A literatura tem concluído que a terapia familiar e de casal produzem melhor desfecho quando comparada com famílias que não são incluídas no tratamento. Dentro deste contexto são abordados tres temas na conceitualização das intervenções familiar. O modelo de doença familiar, o sistêmico e o comportamental. O modelo de doença familiar considera o uso nocivo de drogas uma doença que não afeta somente os dependentes, mas também as famílias. Este modelo envolve o tratamento dos familiares sem a presença do dependente (Grupos de Al-Anon), que consiste em grupos de auto-ajuda com o objetivo de entender os efeitos do consumo de álcool e drogas por parte dos dependentes nos familiares e como reparar o que a convivência com um dependente faz na família, seguindo os princípios do AA. O modelo sistêmico considera a família um equilíbrio entre o uso de substancias e o funcionamento familiar. O dependente tem sua importante função na família e se organiza para regular o seu ambiente interno para manter uma condição estável mesmo que para isso a dependência faça parte do seu funcionamento. O modelo comportamental aborda que as interações familiares podem ajudar no consumo da droga. Os comportamentos são assimilados e mantidos dentro de um esquema que reforça as interações familiares de forma positivamente e negativamente (FIGLIE, 2004). Apesar de nem sempre ser possível a disponibilidade dos