Cocaína
Segundo Ganeri (2002) as formas de consumo da cocaína são várias:
1 – As folhas de coca podem ser mascadas ou utilizadas na preparação de infusões orais, sendo neste caso uma absorção lenta.
2- Do primeiro processo de extracção da cocaína a partir das folhas de coca resulta o sulfato de cocaína (pasta de coca) que pode ser fumado. Neste caso a velocidade de absorção é bastante rápido.
3- O Cloridrato de cocaína, um sal formado por adição de ácido clorídrico pode ser administrado por via intra-nasal ou intravenosa e a sua absorção é rápida.
4- A base de cocaína ou “free base” obtida pela mistura do cloridrato de cocaína com uma solução base como o bicarbonato de sódio é dissolvida em éter.
Efeitos da Cocaína no Organismo
A cocaína conduz rapidamente à habituação e o consumidor dependente entra em desespero se não repetir o uso da droga. Os sintomas mais comuns de privação de cocaína são o desejo insaciável da mesma, irritabilidade, alterações no apetite e no sono, falta de energia física e mental, desmotivação e depressão. Segundo Aragão e Sacadura (2002, p. 47) A ação deste estupefaciente sobre o cérebro é grave pelas alterações que desencadeia em três receptores fundamentais:
a) Neropinefrina- Ao bloquear este receptor químico, pode desenvolver-se no consumidor taquicardia, hipertensão e vasoconstrição, diaforese e tremores discretos, podendo estes numa situação de “overdose” generalizarem-se a todo o corpo sem contudo configurarem um estado de ataque epiléptico.
b) Dopamina- Afetado este receptor o sujeito consumidor de cocaína pode desenvolver o quadro comportamental esperado do produto: comportamento estereotipado, hiperatividade e excitação sexual, mas o consumo regular, geralmente conduz a efeitos contrários como impotência sexual e inibição para ter orgasmos. Uma das complicações mais graves do uso da cocaína é a propensão para o desenvolvimento de uma psicose que em muitos casos não se distingue e se confunde com a