Coca cola
Paralelamente ao processo de modernização das ferrovias, começaram a entrar no mercado as embalagens one way (não-retornáveis), o que viabilizou, no caso da Coca-Cola, estabelecer rotas de maior distância. "Com as embalagens retornáveis, este tipo de operação era praticamente impossível, uma vez que a carga ficava exposta a riscos muito maiores. Com as não-retornáveis, agora isso é completamente viável e a ferrovia, o sistema indicado", explica Albocino, ponderando que o principal atrativo para a utilização do transporte ferroviário, no entanto, foi o sistema bi-modal. "Se tivéssemos de utilizar o caminhão e o trem, separadamente, ao invés de redução de custos no transporte teríamos aumento nos gastos com a operação, que exigiria transbordo da carga. Agora, com as unidades bi-modais, temos uma alternativa operacional extremamente interessante, na medida que a carga permanece o tempo todo na mesma unidade transportadora, não há transbordo de carga e os gastos com o frete diminuem", avalia o executivo .
Apesar dos benefícios do bi-modal, a Coca-cola não pretende investir na aquisição do semi-reboque. Para a empresa, diz Delcio Albocino, a responsabilidade dos investimentos deve ser dos distribuidores e das próprias ferrovias. "Transporte não é nossa atividade básica, o que significa dizer que não devemos investir nisso. Entendemos que os investimentos para a compra dos vagões rodotrilho não deve ser feito pelos clientes que utilizarão o sistema, mas sim pelas transportadoras ou pelas próprias empresas ferroviárias", acentua o executivo.
Interessada na redução de custos de transportes e na possibilidade de estabelecer parcerias, a empresa implantará, até o primeiro trimestre do ano 2000, o sistema intermodal, atualmente em testes no Paraná e Rio de Janeiro.Em janeiro deste ano, a Coca-Cola do Brasil começou a testar, nos estados do Paraná e Rio de Janeiro, o sistema multimodal como opção logística de transporte de sua carga, feito