Coaching - jornada da alma
O filme transita entre a contemporaneidade, onde dois pesquisadores fazem a pesquisa, e as cenas da pesquisa em si, que vão se desenrolando conforme o avanço das descobertas, focando a vida de Sabina.
Em Zurich 1904, os pais chegam ao hospital para internar Sabina e explicam que suas alterações começaram quando sua irmã caçula faleceu de pneumonia e que vieram da Rússia na esperança que pudessem ajudá-la. No diário, Sabina relata que os pais voltaram para Rússia e a deixaram internada, sentindo-se abandonada e solitária. Jung se apresenta como o médico indicado pelo professor Bleuler para cuidar de seu caso. Fica evidente sua discordância sobre o tipo de cuidado que era oferecido aos pacientes psiquiátricos quando dispensa a freira – na cena a mesma força a paciente a comer. Dr. Jung, depois, informa que deseja experimentar um novo tratamento com ela, sem duchas frias ou correntes para prendê-la a cama. O trabalho consiste em deixá-la falar tudo que vier a cabeça. Enquanto fuma seu cachimbo, Jung inicia um verdadeiro diálogo, ouvindo, perguntando e se familiarizando com o mundo de Sabina, por mais desconexo que possa parecer.
Esta cena me remete ao olhar fenomenológico, pois a verdade do sujeito é respeitada como tal, não é contestada. Compreender o mundo que o cliente vive é crucial para o atendimento psicoterapêutico. No filme, a paciente afirma que “ninguém presta atenção quando digo essas coisas”. Está configurado o início do vínculo terapêutico.
O próximo contato de ambos é ao ar livre, onde dois pontos devem ser destacados. Jung revela seu gosto pela escultura e Sabina apresenta um sintoma histérico ao cair, revelando que não sente as pernas. Ao ser questionada sobre outros episódios semelhantes, Sabina abre a blusa, mostrando as mamas que amamentariam os filhotes.
Após escrever em seu diário sobre a beleza do médico, Sabina não consegue dormir e no meio da noite se masturba.
Jung discute o caso com a esposa, afirmando que o