Cláusula filioque
“ Καὶ εἰς τὸ Πνεῦμα τὸ Ἅγιον, τὸ κύριον, τὸ ζωοποιόν, τὸ ἐκ τοῦ Πατρὸς ἐκπορευόμενον
E no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai ”
O texto, na versão latina, fala do Espírito Santo como procedendo "do Pai e do Filho":
“ Et in Spiritum Sanctum, Dominum, et vivificantem: qui ex Patre Filioque procedit
E no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai e do Filho ”
O primeiro caso conhecido no ocidente da inserção do trecho no credo niceno foi quando a palavra filioque foi adicionada, talvez inadvertidamente1 , ao texto latino do credo no Terceiro Concílio de Toledo (589) e a sua inclusão a partir daí se espalhou espontaneamente2 por todo o Império dos Francos3 . No século IX, o Papa Leão III, ainda que aceitando a doutrina, como já o fizera seu antecessor Leão I, tentou em vão suprimir a adição da Filioque3 . Em 1014, porém, o canto do credo - com a Filioque - foi adotado na celebração da missa em Roma3 . Desde a denúncia feita por Fócio (veja Cisma de Fócio), patriarca de Constantinopla, a cláusula tem sido objeto de conflitos entre o ocidente e o oriente, contribuindo para o Grande Cisma do Oriente de 1054 e se provando um obstáculo para as tentativas de reunião até os dias de hoje4