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Luciano Munck*
* Administrador, mestre em Engenharia de Produção pela UFSC, professor do curso de Administração da UEL
RESUMO
O presente artigo discute importantes questões que permeiam a qualidade de vida no trabalho. Tais questões giram em torno da consideração equilibrada dos fatores sociais e técnicos da organização, como também ressalta algumas questões trazidas pela tecnologia que impactam o mundo do trabalho.
Palavras-chave: Tecnologia; Abordagem sócio-técnica; Qualidade de vida no trabalho.
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A organização na perspectiva sócio-técnica é, em primeira mão, um sistema aberto. Ela interage com o ambiente, é capaz de auto-regulação e possui a propriedade de equifinalidade, ou seja, pode alcançar um mesmo objetivo a partir de diferentes caminhos e usando diferentes cursos. Ela é formada por dois subsistemas: o subsistema técnico – que são as máquinas, equipamentos, etc.- e o subsistema social – que são os indivíduos, seus comportamentos, capacidades, cultura, sentimentos e tudo de humano que o acompanha.
O mundo interno dos indivíduos é formado por seus instintos, inconsciente, capacidades inatas, superego, crenças e valores. A relação com o ambiente externo é controlada pelo seu ego ou consciente. Esses indivíduos também apresentam diferenças em termos de necessidades e expectativas. Assim, os modelos e estruturas de trabalho que os motivam não são únicos. Todavia a Escola Sócio-Técnica considera que o comportamento das pessoas face ao trabalho depende da forma de organização deste trabalho e do conteúdo das tarefas a serem executadas, pois o desempenho das tarefas e os sentimentos a elas relacionados – responsabilidade, realização, reconhecimento, etc. – são fundamentais para que o indivíduo retire orgulho e satisfação do seu trabalho (TRIST, 1981).
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