Claudia Viegas
1. Introdução
É consensual o papel da alimentação e nutrição como factor determinante nas doenças crónicas não transmissíveis, sendo-lhes dado, bastante relevo na prevenção destas doenças.
Hoje em dia é frequente ouvirmos falar de perigos alimentares, no contexto da segurança alimentar relativamente aos produtos alimentares e refeições que estão disponíveis no mercado e na restauração. A abordagem tradicional e comum relativamente aos perigos alimentares considera os perigos químicos, físicos e biológicos, sendo estes últimos os que assumem maior relevância.
No entanto, no contexto actual, no qual as doenças doenças crónicas não transmissíveis assumem uma importância cada vez maior, mesmo nos países subdesenvolvidos, em relação às doenças contagiosas, parece-nos, cada vez mais relevante, considerar os perigos de natureza nutricional. Destes, os mais importantes são o açúcar, a gordura e o sal. Neste artigo, abordaremos o sal, uma vez que é utilizado numa vasta gama de produtos e preparações culinárias e tendo ainda em consideração que Portugal é um pais com uma tradição de elevado consumo de sal.
Para além destes aspectos, Portugal tem uma mortalidade elevada por doenças do aparelho circulatório, e dentro destas a mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) representa uma parte importante, tendo ainda uma elevada prevalência de hipertensão arterial (HTA).
Cláudia Viegas
Licenciada em Dietética pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa.
Mestrado em Saúde Pública, pela Escola Nacional de Saúde Pública, na especialização de Promoção da Saúde. Dissertação de Mestrado: ”Avaliação de Risco de Consumo de Sal”. Docente na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, onde lecciona cadeiras de Fisiologia Alimentar, Nutrição, Dietética e
Higiene Alimentar. Tem trabalhado em diversas áreas, como Educação para a Saúde, Segurança Alimentar e Consulta Nutricional. Tem especial interesse pela
Educação e Promoção da Saúde.