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Passou-se a utilizar na história do Brasil o termo "desaparecidos políticos" para se referir aos homens e mulheres envolvidos com a oposição direta e aberta, armada ou não, ao Regime Militar instalado no Brasil entre 1964 e 1985. Como resultado de sua franca oposição ao governo militar, presume-se que a esmagadora maioria destas pessoas apontadas como desaparecidas estejam na verdade mortas, pois era prática dos órgãos responsáveis pelos atos de tortura e repressão classificarem os oposicionistas mortos em confronto ou em tortura como desaparecidos, estratégia destinada a manter a opinião pública alheia aos atos arbitrários cometidos pela ditadura.
Os primeiros desaparecidos políticos começaram a surgir já desde o primeiro ano da chamada Revolução (nome pelo qual os militares faziam questão de se referir ao que ficou popularmente conhecido como Golpe Militar de 1964), sendo em sua maioria militares que se levantaram abertamente contra o golpe.
Com o passar do tempo e o gradual aumento da repressão, foram sendo formados os grupos armados de oposição e o tipo clássico de desaparecido político retratado em programas de TV, livros, revistas, etc. foi surgindo, que era geralmente o militante de esquerda, ligado ao PC do B ou aos vários grupos semi-independentes criados para combater o regime, como a ALN (Ação Libertadora Nacional), o MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), o MAR (Movimento Armado Revolucionário), a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), a ORM-Polop (Organização Revolucionária Marxista - Política Operária), entre tantos outros grupos menores. Importante frisar que o tradicional PCB, representado pelo seu lendário secretário-geral Luís Carlos Prestes, resolveu seguir outra orientação, a de evitar o confronto com os militares, propondo uma oposição apenas no campo político, conclamando a união de todos os grupos oposicionistas a formar uma frente ampla de